Oasis Electrizam Pavilhão Atlântico

Foi com o clássico ‘I am the Walrus’, dos Beatles, que os também britânicos Oasis encerraram mais de uma hora e meia de música que ontem à noite electrizou os dez mil fãs que se deslocaram ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, para o melhor de todos os concertos da banda dos irmãos Gallagher em Portugal.

A última música do encore de um concerto que começara às 21h05, dez minutos antes da hora marcada - depois de os ainda pouco conhecidos Free Peace terem assegurado uma boa primeira parte do espectáculo - culminou numa apoteose de guitarradas que foi a síntese perfeita da actual fase psicadélica de uns Oasis próximos da sonoridade dos Pink Floyd.

Também na fase dos encore houve tempo para Noel Gallagher pedir ao público para "enviar Mourinho de volta para Inglaterra caso o encontrem" e para pedir a sua contribuição nos coros de uma interpretação capaz de provocar arrepios de ‘Don’t Look back in Anger’.

Também fortíssima fora a entrada, com meia-dúzia de canções pontuadas por "obrigados" lançados para a plateia, que culminou em ‘Waiting for the Rapture’, interpretada por Noel Gallagher.

De seguida abrandou o ritmo do espectáculo - com uma forte componente visual garantida pelo quarteto de ecrãs gigantes -, mas não o entusiasmo do público, satisfeito por ter à sua frente músicos muito comunicativos.

Além dos temas do novo disco ‘Dig Out Your Soul’, não foram esquecidos clássicos como ‘Morning Glory’.

O concerto dos Oasis ficou marcado pelos extremos cuidados que a banda britânica passou a ter desde que um homem subiu ao palco de Toronto onde estavam a tocar, em Setembro de 2008, e empurrou o guitarrista Noel Gallagher pelas costas, provocando-lhe diversas lesões ao cair desamparado.

Ao que o CM apurou, foi preciso recrutar ontem à tarde três dezenas de seguranças com a missão específica de impedir o acesso de intrusos ao palco do Pavilhão Atlântico, estando ainda instaladas barras laterais para conter eventuais membros mais efusivos do público que enchia o espaço lisboeta.

Liam e Noel Gallagher não escondem, aliás, que se voltar a acontecer algo idêntico ao sucedido na cidade canadiana poderão desistir pura e simplesmente de fazer digressões.

Fonte: Correio da Manha